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quinta-feira, 31 de março de 2011

Dom Hélder: o anjo rebelde.

“Eu tenho fome e sede de paz. Dessa paz do Cristo que se apóia na justiça. Eu tenho fome e sede de diálogo, e é por isso que eu corro por todos os lados de onde me acenam, à procura do que pode aproximar os homens em nome do essencial… E falar em nome daqueles que são impedidos de fazê-lo”.

“Quando eu dou de comer aos pobres, me chamam de santo. Quando eu pergunto por que eles são pobres, me chamam de comunista!” (...) “Se a política é fazer que os direitos humanos fundamentais sejam reconhecidos por todos, esta política não é somente um direito, mas um dever para a Igreja”.

“A violência número 1 é a injustiça. Depois vem a revolta contra a injustiça, e esta é a violência número 2. E, então, a repressão da revolta: esta é a violência número 3. Mas a violência número 1 é a injustiça”.

“As massas deste continente abrirão um dia os olhos, conosco, sem nós ou contra nós… Ai do cristianismo no dia em que as massas tiverem a impressão de terem sido abandonadas pela Igreja, tornada cúmplice dos ricos e dos poderosos”.

“É graça começar bem. Graça maior é persistir na caminhada. Mas graça das graças é nunca desistir. (…) A fome dos outros condena a civilização dos que não têm fome”.

“Chega de uma igreja que quer ser servida; que exige ser sempre a primeira; que não tem o realismo e a humildade de aceitar a condição do pluralismo religioso”!

 “A não-violência não é de forma alguma uma escolha da fraqueza e da passividade. É crer mais na força da verdade, da justiça e do amor do que nas forças das guerras, das armas e do ódio.” (...) “A única guerra legítima é aquela que se faz contra o subdesenvolvimento e a miséria”.

“Viva a utopia!  Não é preciso nunca ter medo da utopia. Gosto muito de repetir: Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade. A utopia
partilhada é a mola da história”.

        “Ser irmãos no Senhor e na Igreja, não é ser exatamente semelhante, como gêmeos perfeitos. È se ajudar mutuamente, com total confiança, para preencher as tarefas diferentes que o Senhor nos confiou”.
 
        “Se bem que para akguns, isso possa parecer estranho, eu afirmo que, no Nordeste, o cristo se chama José, Antônio, ou Severino... Ecce Homo! Eis o Cristo, eis o homem! O homem que precisa de justiça, que merece justiça”.

 Dom Hélder percorreu o mundo para pregar o fim da violência e do racismo, o fim das guerras e das desigualdades sociais. Ele mostrou o absurdo de se gastar com as armas dinheiro que seria suficiente para alimentar as multidões do terceiro mundo. Ele chamou ao respeito devido à natureza, aos direitos à vida e às exigências da justiça. Soube despertar nos jovens a vontade de viver e de fazer o bem. Comunicou a muitos corações a fome e a sede de Deus. Sabia unir na mesma amizade pobres e ricos. Ele não criticava ninguém.
Dom Hélder, mais que pastor e profeta, foi um homem inteiro. Nele a humanidade reluzia na sua forma mais eminente. A inteireza humana se revela pelo coração. Seu coração tinha as dimensões do mundo. Foi o coração que o levou a amar incondicionalmente as pessoas, a natureza, o mundo e Deus. Demonstrava enternecimento para com cada pessoa que encontrava. Mas especialmente demonstrava ternura pelos pobres que abraçara como irmãos e irmãs.

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