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terça-feira, 14 de junho de 2011

AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O ENSINO RELIGIOSO

Na próxima terça-feira, 14 de junho, o Plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro acolherá a Audiência Pública sobre o Ensino Religioso, das 9h às 13h. A secretária municipal de educação, Cláudia Costin, estará presente. Na ocasião, o Projeto de Lei número 862, que contém a mensagem130 do Executivo Municipal, na qual o prefeito Eduardo Paes apresenta proposta para novos 600 professores no ensino religioso, será discutido para que chegue à Votação Plenária.

De acordo com a professora Ediléia da Silva Santos, que é membro da Associação de Professores do Ensino Religioso Católico (ASPERC), algumas emendas apresentadas pelo prefeito na mensagem 130 não podem ser consideradas porque há determinações que não competem ao município.

— O município não pode criar lei para constituir um quadro de professores, basta que ele simplesmente se posicione: se quer ou não quer. Precisa criar concurso, mas não precisa criar lei para isso, porque, já tendo no federal e no estadual, o município deve somente cumprir isso, esclareceu.

A ocasião elucidará pontos importantes sobre a implementação do ensino religioso confessional e plural nas escolas municipais, a partir da contratação de 600 novos professores, conforme a proposta. Para tal, os vereadores vão procurar esclarecer suas dúvidas também questionando a secretária municipal de educação sobre a mensagem do prefeito. Caso os vereadores concordem, a próxima etapa será a votação, que deve ocorrer dentro de dez a 15 dias.

— Daí a importância de que muitas pessoas estejam presentes, porque interessa que pais, alunos, professores municipais ou candidatos a fazer esse concurso estejam lá para ouvir como a secretária vai se posicionar, como é que os vereadores estão falando isso, porque, passando essa emenda, essa determinação, brevemente 600 novos professores serão encaixados nas salas para atender às crianças da rede municipal, explicou.

Ensino religioso, sim

Em entrevista à Comunicação da Arquidiocese do Rio de Janeiro, no dia 13 de abril, a secretária municipal de educação, embora diga ser a favor do ensino laico, mostrou sua abertura para a discussão:

— A educação é sempre positiva e sempre faz com que as pessoas avancem. (...) A constituição brasileira prevê a possibilidade do ensino religioso desde que seja facultativo e desde que seja implantado respeitando a opção individual e não prejudicando o ensino das demais disciplinas. E, sobretudo, permitindo que se trabalhem valores universais. Eu não vejo nenhum problema, afirmou Cláudia Costin.

Para o Bispo Auxiliar Dom Nelson Francelino Ferreira, o ensino religioso é uma importante contribuição para a construção de uma cultura de paz.

— O ensino religioso vai, com certeza, redimensionar a educação para os valores transcendentes, para os valores que abraçam essa outra dimensão do ser humano, que a nossa cultura imediatista não trabalha. Eu creio que, neste momento, é uma contribuição para que o homem preste mais atenção e resgate valores que venham a dinamizar essa transcendência humana, que não pode ser substituída ou deixada para segundo plano de jeito nenhum, expressou.


RETIRADO DO SITE DA ARQUIDIOCESE DO RIO DE JANEIRO.

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